Nesta quinta-feira, 28 de agosto de 2025, o juiz Dr. Senivaldo dos Reis Júnior, titular da Vara Única da Comarca de Palestina, recebe o título de Cidadão Palestinense, concedido em reconhecimento ao trabalho desenvolvido junto à comunidade local.
O magistrado se destaca pela aproximação do Poder Judiciário com a população e por iniciativas inovadoras que têm transformado a realidade de crianças, adolescentes e mulheres no município.
Entre os projetos idealizados, está o Projeto Crescer, desenvolvido em parceria com o Ministério Público e a Prefeitura Municipal. A iniciativa tem como objetivo capacitar e acompanhar profissionais das áreas de educação, saúde e assistência social, além de familiares, para garantir atendimento de qualidade e promover o desenvolvimento inclusivo de crianças e adolescentes com necessidades especiais.
Outra ação de grande impacto é o Projeto Amor Sem Dor, realizado com apoio da Prefeitura, do CRAS e de instituições locais. O programa fortalece a rede de proteção às mulheres, promovendo ações educativas e aplicando de forma rigorosa os instrumentos legais no combate à violência doméstica.
Para o juiz, a presença ativa do Judiciário na comunidade é essencial:
“A criança e o adolescente não podem conhecer o Judiciário apenas no ato infracional. Eles precisam saber que existimos para lutar por eles e protegê-los. Da mesma forma, a mulher deve sentir-se amparada pela rede de apoio para conseguir sair de uma relação abusiva”, destacou Dr. Senivaldo.
Além do trabalho comunitário, a trajetória do magistrado também chama atenção por sua história de superação. Ingressou na carreira por meio do sistema de cotas raciais, mas enfrentou um processo judicial que quase encerrou sua vida profissional. O Tribunal de Justiça de São Paulo chegou a impor-lhe a pena de demissão por suposta atividade de coach para candidatos a concursos públicos.
Entretanto, em 2022, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) reverteu a decisão, durante a 351ª Sessão Ordinária. O relator, conselheiro Mauro Martins, destacou a importância do debate sobre cotas raciais e considerou a pena desproporcional. A defesa do magistrado sustentou que houve preconceito racial no caso, tese que obteve respaldo no julgamento.
Superado o episódio, Dr. Senivaldo consolidou-se em Palestina como um juiz comprometido com a justiça social, a proteção da infância e juventude e o fortalecimento da cidadania. Hoje, recebe oficialmente o reconhecimento da comunidade que o acolheu, com o título de Cidadão Palestinense proposto pelo presidente da Câmara o Vereador Gilberto Bemfica.